Benites Rafael 

 “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo”? AMÒS 3:3  

 O drama humano angustia e, muitas vezes, nos abandona desesperançados.

Para andar junto é preciso ir além de um olhar absorto no horizonte improvável.

Para andar juntos e com sucesso regras e acordos são preciso e é saudável entender que existem regras para o sucesso, e a regra numero um é – Saiba o que sabe e saiba também o que não sabe.

Uma das coisas que embora pareça óbvia é a de que; para andar juntos é preciso que haja comum acordo. E embora pareça óbvio em relação a obviedade a regra é: "Desconfie do óbvio".

Então se se parece tão óbvio a necessidade do acordo, a que se remonta a frase do profeta, ao que se evoca?  Porque a sabatina foi formulada?

A resposta certamente será - certa ausência de harmonia no relacionamento.  (Relacionamento – dic. - Ligação de amizade, afetiva, profissional, ou etc., condicionada por uma série de atitudes recíprocas, que se acorrenta a ideia de fatos e situações inversas, que dependem de correspondência).

Separado o fato verdade de que: Andar juntos em “desarmonia” não pode ser confundido com ausência de ACORDO, é também verdade que ausência de harmonia não pode ter aparência de insubmissão, existe uma condicional de - submissão com parâmetros.

Existe uma premissa que diz: “Num relacionamento para que um esteja de pé o outro precisa se ajoelhar” Um exemplo clássico de hierarquia. Nesse entanto a condição de andar juntos se reporta a um conceito de submissão que ensina: - “A submissão não pode começar enquanto o acordo não for feito”. A submissão da hierarquia para o acordo referido acima não é desagradável, é como uma categoria de irmãos mais velhos ocupando uma escala de hierarquia familiar, não há desagrado.

AMÒS 3:3  “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo”?

Tanto nos negócios profissionais como nos diversos tipos de relacionamentos andarem junto nasce de um propósito resultado de uma atração que levou as duas partes a perceber uma a outra.

Essa atração gera um pulso magnético de interesse e surge então uma força que seduz as duas partes e as levam a andar junto. Essa força magnética de ligação tem as qualidades da natureza. E a natureza dispõe de forças espantosamente tão grandes que o homem não consegue explicar “nem deter” apesar de todos os avanços científicos.

Esta aí o porquê de uma inspiração que levou William Shakespeare a dizer: A agua corre tranqüila onde o rio é fundo.

Porém se em algum momento da trajetória essa força natural, que liga e atrai o relacionamento, sofrer interferência pode ser necessário, embora muito difícil, manter o acordo regenerado por convencimento moral. É quando o rio fica raso e muitas vezes surgem às correntezas perturbadoras, em caso de relacionamento é nesse momento que começam as explicações e quando tem que explicar é sinal de que alguma coisa se desestabilizou navegar em águas profundas é uma coisa, navegar em águas rasas, e muito rasas, pode ser e é com freqüência muito perturbador condições que exigem os homens mais experientes.

Em situação de conflito decisões precisam ser tomadas com a razão e não apenas com o coração, fazendo prática a teoria: Não se deixe guiar pelo coração, o coração precisa ser guiado pela razão.

No caso da passagem Bíblica de Amós, é isso o que o autor da pergunta esta fazendo, ele esta perguntando: O que esta acontecendo? Qual o motivo da perda da razão.

Geralmente a fadiga de um relacionamento em que ainda existe o elemento de ligação pode estar relacionada a um quadro indefinido de anomalias: Interferências de causas externas, perda do bom senso, incapacidade de análise crítica, meninice etc.

É aqui que tem início o trabalho da psicologia - Reconceituar princípios, reencontrar valores para restabelecer harmonia.

Para tanto se faz necessário desfazer confusões e garabulhas. Um conceito judicioso e prudente diz - Qualquer que seja o ambiente há um código de conduta para entrar e permanecer.

Se o ambiente estudado é - andar junto, - O Imperativo é que se risquem todas as incertezas do rascunho e das fragosidades, o conceito acima tem lume – Qualquer (Do mais simples - do anárquico - do mais complexo).

A estrutura do código ainda que informal (não conversado) estabelece uma nítida impressão de causa e efeito. A ambiência do acordo contém uma expressão viril do alinho de comportamento adotado, e de interesse de ambas as partes, ele não pode ser castrado. A palavra acordo nos da à ideia de um código disciplinar de conduta, então à medida que um acordo avance no aliciamento de prendas de alta avaliação, torna-se ainda mais necessário uma acuidade investigativa cientifica da visão política da estabilidade em longo prazo, que venha garantir o não rompimento do acordo celebrado, em favor da conveniência do regime regente.

A ideia não é criar palmatória, mas proteger o bem. A idéia é analisar e constituir um cabedal de forças capaz de suportar o ermo e irrigar o terreno que fascinou o campo de interesse inicial, a ideia é criar ferramentas que possam desfazer interferências e garantir o valor do bem maior, nesse caso analisado – “A continuidade – Andar Juntos”.

 O paradoxo da sentença que se remonta a relacionamento vai de encontro a sistemas ou pressupostos que se puseram como contestáveis ao pensamento envolvendo uma implicação entre uma proposição e sua negação, caracterizando uma contradição, provocando instabilidade na conclusão de um raciocínio.

E, um relacionamento por mais frutífero e admirável, é permeado da possibilidade de erros.

No entanto, mesmo que haja certas incongruências o relacionamento precisa ser capaz de ir à frente de enfrentar ausência de precipitações atmosféricas, tempo de aguas mal distribuídas e viver de recursos xerófitos, (vegetais que tem uma estrutura especial) vegetação interessante, xerófita ao tempo da seca, higrófita no inverno, morta e ressequida na aparência. Precisa ser como as plantas da caatinga, (lugares secos) até perdem as folhas durante a longa seca, mas conserva-se habilmente em vida.Tem posse de elementos imbuídos de forças para competir com méritos, portanto capaz de adaptações funcionais contra a imperfeição, que se possua uma estrutura especial de reforço de parede, abundância de tecidos mecânicos de adaptações praticas contra a falta, um corpo orgânico capaz de resistir bem às carências e as indisposições. Fulgores capaz de sobreviver em ambientes terrestres radioativos pós-explosões nucleares, capaz de sobreviver em ambientes de fraca densidade populacional de sentimentos. Então não importa a quantificação do montante desfavorável, andar junto é mais que um acordo, é uma força, é uma grandeza, é vida, é esperança e nesse caso toma-se nota – O acordo continua – Andar juntos.

Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação. (Habacuque 3:16,17) Isto é: Andarei junto ao Senhor.

Andar juntos é mais do que olhares, é mais do que toques e sílabas soltas, é um estojo de jóias, é uma decisão formosa como as asas da graúna, andar juntos é desfazer os nós das discórdias, é quebrar as lógicas do ódio é inundar-se de bondade, de ímpeto, é lutar por aquilo que nos é caro, ainda que com a alma a flor-da-pele, andar juntos é coisa de heróis, depende de sacrifícios, é pertencer a um reino de conquistas, onde os vencedores bebem juntos os vinhos da vitória, e bailam-se aos doces sabores da paz da alegria e de seus frutos.

Andar juntos é como o chão e a semente.